segunda-feira, 26 de maio de 2008

microcrises : capote



Enquanto meu coração pulsava exposto sobre a mesa, ela se comportava como um eletrodoméstico. Algo muito parecido com um ser humano, sem ser. O olhar frio construía mais um punhal de gelo. Mas havia pouco de mim alí para ser ferido. Recolhi meus restos e saí batendo porta, a centenas de quilômetros por hora. Só queria me afastar o mais rápido possível. Na pressa, nem vi a casca de banana que sempre cruza o meu caminho quando tudo fica sério e pesado demais.

sábado, 24 de maio de 2008

microcrises: fora do corpo


Imagem de Juliana Costa

Minha alma tirou férias sem data para voltar. Sem ela, ficar só já não é mais tão divertido. Dor igual a da mãe que perde o filho, do amor que não encontra lugar. Em que outro corpo esta minha alma maldita pode estar?