Há um cansaço que preenche todos os espaços. Entre a minha boca e a sua, menos que um fio. Porém, o inevitável não acontece. Se permanecer imóvel, finco raizes, aperto o laço. Sem saber o que fazer, nada faço. Neste vazio denso e luminoso espero a vida começar outra vez.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
nanocrises : amoras
Uma mancha na sua camisa branca? Afinal, não és perfeita.
Só de ver você despencar amoras por aí, fico feliz.
Só de ver você despencar amoras por aí, fico feliz.
microcrises : nunca por muito tempo
Depois de 1760 dias, o abandono. Desculpe, mas sou assim. Já fiz isso várias e várias vezes. O coração suspenso, arrancado do corpo, na mesa do jantar. As vezes estou só, as vezes não. Nunca por muito tempo. Sou esse fantasma, faminto por tudo que não possuo. Quando tenho, não valorizo, dispenso, não quero mais. Gosto do que é novo. Até o novo ficar velho. E ele sempre fica. É só uma questão de tempo. Se quiser me ter, não permita que eu o tenha. Se quiser minha atenção, me ignore. É assim que eu funciono. Os olhares perdidos, enquanto afio as palavras, na minha fala mansa. A confiança quebrada, os corações partidos. Tudo bem, nenhum deles é o meu.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
microcrises : 180 dias
Isso tudo e nada é a mesma coisa. Vi você passar ao meu lado como uma estranha. Ao viver cada segundo como turista, conhece o mundo em 180 dias, mas não reconhece a si mesma.
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