Tiro no peito, coração à deriva, colisão no cruzamento, sem vítimas fatais. Nada romântico, a maldição: o peito que acolheu a bala era o meu, o coração estendido na rua era o meu . E, no cruzamento, um engano: eu que passava distraído, pensando em você mais uma vez . Uma úlltima vez e nunca mais. Uma coisa fica, outra vai.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
nanocrises : pequeno milagre
Viver a rotina dos olhos que se fecham e que se abrem. Esse pequeno milagre. A vida é mais do mesmo. E se isso não for especial, seja lá o que for, é o que temos.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
microcrises : todos
Todas as celas, todos os ventres. Todas as estrelas, todas as sementes. Todos os desejos, todos de repente, esperam você voltar com um arco-íris entre os dentes.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
microcrises : primitivo
Sou eu contra mim mesmo. Esse lado escuro que não reconheço. Homem sério, velho que surge e que também sou eu. Olhos mansos escondem uma raiva primitiva: inveja, ciume, intolerância. Sombra que me acompanha, que anda dentro de mim, sem que eu saia do lugar. Onde quer que esteja, sempre triste, sem sorrisos fáceis e alegrias artifíciais. Sofro por mim e por todos. Meu coração é triste e terno. Como me dói não poder mais te agradar.
terça-feira, 13 de julho de 2010
microcrises : tudo que vem de você
O ar que entra e sai do seu peito. O meu, ainda dói. Mas só quando você respira.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
microcrises : o que acontece
O sonho mais lindo é o pior dos pesadelos, porque não dá vontade de acordar. É como não morrer e ver partir os amores que nasceram para ficar. Se nada permanece, então, fujo no que anoitece para me esconder na sombra de quem pode me achar.
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