quinta-feira, 6 de março de 2008

microcrises : o amor que nunca foi



Ilustração de Mônica Oka

O amor que nunca foi é aquele que não se completa. Fica como uma espinha de peixe atrevessada na garganta. Antigamente, as pessoas morriam desse jeito. Hoje não se vê isso nos jornais. Então, o amor que nunca foi sobrevive. Não é uma amor platônico. É real, existe, mas por algum motivo nunca chega lá. Um amor sem fôlego, confortável, indolente. Qualidade de amor das mas baixas, um amor de fim de feira. Sempre falta uma peça neste amor. É um amor que não se encaixa. O amor que nunca foi até parece amor, mas é só um quase.

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